Oferece gentilmente a tua falta a alguém. Talvez essa pessoa já se tenha esquecido do que é não te ter e por isso também não se lembre da importância que é ter-te. Então oferece-lhe a tua ausência. Não como punição, apenas como lembrete.

Recolhe-te. Desliga-te. Afasta-te. Deixa que te procure, mas não esperes que o faça. Apenas foca-te em ti, concentra-te na tua própria companhia e procura sentir-te bem com ela.

Não culpes nem odeies essa pessoa. Nem sequer a convenças de que o lugar ao teu lado é o lugar onde ela deve estar. Nem te tentes convencer, ou enganar, que o lugar ao lado dela é o lugar onde tens de estar.

Tu tens de estar num lugar onde és feliz. Só. Apenas. Ponto. Seja ao lado dessa pessoa que dizes ser o grande amor da tua vida ou ao lado de outra qualquer que está num ponto do mundo qualquer.

Nunca queiras ou peças uma pessoa ou alguma coisa em concreto. Aquilo que deves sempre querer e procurar é o sentimento. É a felicidade. É o estar bem. Depois se é ao lado de pessoa x ou y, no país x ou y isso é outra conversa que já não te interessa. Foca-te somente em estar bem contigo. E, por vezes, isso exige ofereceres a tua ausência a alguém.

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Texto de Raul Minh’alma

Imagem de Aily Torres