Eu acredito sempre que se não vens ou estás é porque não podes mesmo e não porque não queres.

Eu acredito sempre nas tuas desculpas porque todas elas têm uma razão de ser, são credíveis e perfeitamente aceitáveis.

Não podes uma, não podes duas, não podes três vezes e eu compreendo, aceito e espero.

Na verdade eu tenho é os olhos fechados para não conseguir ver algo que sei que me vai doer. Para não entender algo que eu sei que não vou gostar de entender. E isso nada mais é do que a falta de vontade da tua parte. É mesmo porque não queres que não vens ter comigo, que não está um bocado comigo, que não participas na minha vida e que não partilhas a tua comigo. É mesmo porque não tens vontade e não te interessa. Não é porque não podes. Mas como eu quero tanto acreditar que é por isso, todas as tuas desculpas são aceites por mim.

Talvez um dia eu decida abrir os olhos e perceber de uma vez que quem quer mesmo arranja sempre tempo e forma e quem não quer dedica o seu tempo para arranjar forma de desculpar a sua ausência. [Lê mais no meu livro Todos os dias são para sempre]

Um texto de Raul Minh’alma

Imagem de Sam Manns