Quanto tempo aguentas longe do meu olhar? Quanto tempo aguentas sem a minha mão na tua cintura a segurar-te contra mim? Quanto tempo sem os meus beijos calmos no teu pescoço? Quanto tempo sem o meu abraço surpresa por trás de ti? Sem a minha mão firme a segurar a tua? Sem a minha voz obscena ao teu ouvido? Quanto tempo aguentas tu sem tudo aquilo que te faço sentir?

Não menos do que eu. Acredito. Pois é humanamente impossível. Sabes bem o quanto te adoro o corpo. A forma como ele estremece quando respiro junto à tua pele, como se contorce quando te percorro as costas com a ponta da língua, e como se vem quando nos entregamos no sexo.

Do livro Todos os dias são para sempre, de Raul Minh’alma

Imagem de Toa Heftiba