Só aquilo que aceitas ou não é que existe ou não. Tudo aquilo que te recusas a aceitar toma uma forma intermédia que nem é uma coisa nem outra, mas está lá, escondido na tua mente, a incomodar-te.

Por isso aceita. Aceita o que é e o que não é. Diz mesmo com a tua própria boca e em voz alta para que tomes noção e consciência de tudo aquilo que é como é.

Admite. Mesmo aquilo que te custa. Admite que erraste. Que perdeste. Que não pensaste. Que podia ter sido diferente. Que é tarde de mais. Pois esse será o momento em que te verás livre de todas as pedras que carregas às costas e que nem sabias que estavam lá.

Porque a consciência é isso mesmo: uma balança que pesa um peso que não se vê. Mas tu não podes lutar contra um mal que não tem rosto.

Por isso admite que ele existe, aceita que ele existe e depois vence-o.

Um texto de Raul Minh’alma

Imagem de Averie Woodard